Musicalidade é um termo que vem sendo usado de diferentes formas por toda a história da arte em geral (teatro, canto, dança, etc.). No contexto da dança - mais especificamente na dança do ventre - musicalidade se refere a habilidade de percepção da estrutura musical e seus padrões, e somamos isso à habilidade de demonstrar essa percepção executando movimentos que navegam por toda essa estrutura musical. Contudo, durante meus estudos, eu percebi que existem duas abordagens diferentes sobre a musicalidade na dança, e essas abordagens tem formas completamente diferentes de estudo. Apesar de ser impossível falar de tudo sobre esse assunto em apenas um artigo, vou focar no geral sobre essas duas questões da musicalidade:
Abordagem técnica: Onde descobrimos nomes de ritmos, instrumentos, formas de transição musical, tipos de andamentos na música árabe, dentre outros.
Abordagem emocional: Escutar uma música é mais do que apenas ouvir uma sequencia de instrumentos. Existem músicas que nos passam sensações diferentes (inclusive a mesma música pode te fazer sentir emoções diferentes dependendo de onde/como/com quem você está). Esse contexto, apesar de muito pessoal, também pode ser estudado, como por exemplo: entender quais sensações um determinado instrumento te passa.
É muito comum ouvirmos a expressão: "O que a música 'pede'?". E a verdade é que depende de quem escuta, tanto pela sua habilidade de identificar instrumentos, ritmos e outras características musicais (abordagem técnica), quanto pelo que a pessoa sente ao escutar (abordagem emocional).
Para desenvolver sua própria musicalidade é importante distribuir os seus estudos nas duas abordagens, pois um irá trabalhar o seu ouvido musical, seu leque de possibilidades de leitura musical e inclusive uma melhor utilização do seu repertório de movimentos. E o outro trabalhará a sua conexão com a música, para que você consiga transmitir o que sente através dela.
Agora me conte: Você já sabia dessas duas vertentes de estudo de musicalidade?
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